Agenda

EM DESTAQUE

4º MÚSICA NO TERMO

9 de Setembro a 14 de Outubro de 2023

“INQUIETUDES”

A celebrar MULHERES PORTUGUESAS cujo percurso de vida e obra ainda hoje nos nos tocam

Programação: Clicar em MÚSICA NO TERMO

100 anos da Biblioteca da Imprensa Nacional

É com muita alegria e emoção que os SOLISTAS MELLEO HARMONIA se juntam à Imprensa Nacional Casa da Moeda nas celebrações dos 100 anos da Biblioteca da Imprensa Nacional.

3 de Outubro de 2023 (Rua da Escola Politécnica, nº 135)

18h00 Conferência Uma biblioteca centenária” oradora INÊS QUEIROZ

19h00 Concerto “De Verbo e Música” Canções para voz e piano de Luís de Freitas Branco

CECÍLIA RODRIGUES soprano JOÃO PAULO SANTOS piano

Cecília Rodrigues foi premiada em vários concursos, destacando 1º Prémio no Concurso Internacional de Almada (2015) e 1º Prémio de Canto no Prémio Jovens Músicos – Antena 2 – RTP (2017). Iniciou os estudos no Instituto Gregoriano de Lisboa, onde estudou Técnica Vocal com Elsa Cortez. Posteriormente ingressou na Escola de Música do Conservatório Nacional, onde concluiu o curso de Canto com Manuela de Sá. Completou o 2º ano da licenciatura em Canto na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo com Rui Taveira, concluindo a mesma na Escola Superior de Música de Lisboa com Luís Madureira. Trabalhou também com Mariella Devia, Elisabete Matos, Milagros Poblador, João Paulo Santos, Lucia Mazzaria, David Santos e Luís Rodrigues. Em Oratória fez Stabat Mater (Pergolesi), Magnificat e Weihnachts-Oratorium (J.S. Bach), Mattutino de’ Morti (David Perez), Exultate Jubilate, Requiem e Missa em Dó menor (W. A. Mozart), Missa em Lá e Missa em Sib (Francisco Sá Noronha), Lauda Sion, Hör mein Bitten and Te Deum (F. Mendelssohn), Oratorio de Nöel (C. Saint-Saens), Requiem (G. Fauré), Ein deutsches Requiem (J. Brahms), Andliga Sanger (A. Soderman), Le Miroir de Jésus (A. Caplet), Missa Breivs (Z. Kodály), Pie Jesú (Lili Boulanger), Requiem (T. Mansurian), Magnificat em Talha Dourada (Eurico Carrapatoso). Em concerto sinfónico estreou Linhagem de Eurico Carrapatoso. Como intérprete de Ópera foi First Witch, Second Woman, Second Nereida and Second Shepherdess (Dido and Aeneas), Servilia (La Clemenza di Tito), Rosina (Il Barbiere di Siviglia), Adina (L’elisier d’Amore), Stéphano (Roméo et Juliette), Eurydice (Orphée aux Enfers), Kuchtík (Rusalka), Monica (The Medium). Interpretou em Galas de Ópera árias de Morgana (Alcina), Despina (Cosí Fan Tutte), Pamina (Die Zauberflöte), Zerlina (Don Giovanni), Susanna (Le Nozze di Figaro), Norina (Don Pasquale), Gilda (Il Rigoletto), Musetta (La Bohème), Lauretta (Gianni Schicchi), Juliette (Roméo et Juliette), Adele (Die Fledermaus), Anne Truelove (The Rake’s Progress).

João Paulo Santos concluiu o curso de piano do Conservatório Nacional de Lisboa, na classe de Adriano Jordão. De 1979 a 1984, estudou em Paris com Aldo Ciccolini, inicialmente como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Ainda em Paris, foi convidado pela direcção do Teatro Nacional de São Carlos para, a partir da temporada de 1984/85, desempenhar as funções de Maestro Assistente deste Teatro. Desde a temporada de 1990/91, desempenha o cargo de Maestro Director Titular do Coro do Teatro de São Carlos. Paralelamente, desenvolve uma importante actividade como pianista, tendo colaborado com quase todos os cantores portugueses. Iniciou a sua actividade como maestro em Julho de 1990, dirigindo a ópera de William Walton, “The Bear”, para a RTP, no Teatro da Cornucópia, com encenação de Luís Miguel Cintra. Dirigiu ainda, em 1994, as óperas “Cânticos para a Remissão da Fome” de António Chagas Rosa e “Let’s make an opera” de Britten. Dirigiu também a estreia mundial da ópera “Édipo”, a “Tragédia do Saber” de António Pinho Vargas, na Culturgest. Prossegue uma carreira dinâmica na direcção musical, tendo dirigido no Teatro Nacional de São Carlos a primeira apresentação em Portugal da obra “Renard” de Stravinsky, a estreia mundial da ópera “Os Dias Levantados” de António Pinho Vargas, um programa inteiramente preenchido com música do século XX (Schnittke, Pousseur e Corghi) e ainda “Les Noces” de Stravinsky. No Teatro Nacional D. Maria II, dirigiu “Sweeney Todd” de Stephen Sondheim. Gravou vários discos, nomeadamente com obras de Erik Satie e Luís de Freitas Branco (EMI classics). Apresenta-se frequentemente em recital, como pianista acompanhador.

9 de Novembro de 2023

18h00 Conferência “Carolina Michaelis de Vasconcelos” oradora MARIA ANA RAMOS

19h00 Concerto “Impressionismos e outros ismos” Solistas MELLEO HARMONA

ANABELA MALARRANHA flauta⎮ LUÍS PÉREZ oboé JOAQUIM RIBEIRO clarinete ⎮CAROLINO CARREIRA fagote LUÍS VIEIRA trompa

PROGRAMA

Joly Braga Santos (1924-1988) Adagio / Scherzo

Jacques Ibert (1890-1962) Allegro / Andante (Assez lent, Allegro Scherzando, Vivo)

Frederico de Freitas (1902-1980) Allegro con Spirito / Andante / Modinha / Fuga


ENTRADA LIVRE

Concerto Antena 2 - Transmissão em direto

A base de toda a arte é a sensação.”Fernando Pessoa

As primeiras décadas do século XX constituem, por ventura, um dos momentos mais ricos e complexos da História nacional e europeia. No rescaldo do liberalismo que havia ocupado a quase totalidade do século anterior, a eclosão do primeiro conflito bélico à escala global, que confrontou o homem perante a possibilidade da sua destruição, aliado ao desenvolvimento de uma nova vaga tecnológica e industrial, a implementação do modelo comunista na Rússia e a implantação da República em Estados como Portugal, espoletou uma explosão de correntes e tendências reflexivas nos mais diversos domínios de atividade humana. Na cultura, assiste-se a uma procura quase frenética de novas formas de expressão. Estamos na época do modernismo, um modernismo que congrega um conjunto alargado de correntes de vanguarda, como o Cubismo, o Dadaísmo, o Futurismo, o Surrealismo e o Expressionismo, entre outros. A tendência de definição identitária nacionalista ou patriótica que, pese embora se tratasse de uma preocupação que remontava às primeiras décadas de oitocentos, assume agora contornos totalmente inovadores. Em Portugal, jovens criadores, como Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Santa Rita Pintor, Amadeu de Souza Cardoso e Almada Negreiros, defendem a ruptura como elemento essencial ao desenvolvimento de uma linguagem patriótica. Introduzem a Sinestesia e o Sensacionismo na literatura e na pintura como meio de concretização do seu objetivo. Se a Sinestesia se assume como um jogo de transferência entre os diferentes sentidos do Homem, o Sensacionismo representa uma verdadeira corrente. Mais do que a intersecção de emoções e sensações para o domínio literário e pictórico, assume-se como síntese de todas as correntes que lhe antecederam, síntese da própria História. Fernando Pessoa afirmaria que “a base de toda a arte é a sensação” e esclareceria: “o Sensacionismo é a arte que espontaneamente surgiu em Portugal, entre um grupo de poetas e literatos a quem eu pertenço de ha mais tempo do que o grupo existe. Chamo Sensacionismo a esta nossa arte, que me parece a única própria da nossa epocha. É uma arte completa no tempo, e num espaço, e também dentro de si própria; uma arte synthese de nações e de epochas e de artes”. A criação musical não foi, naturalmente, imune ao seu próprio tempo. Em Portugal assistimos à experimentação de harmonias e técnicas que apelam às sensações, muito embora mais como um sucedâneo impressionista do que propriamente sensacionista. Foi o caso de António Fragoso, falecido prematuramente. Foi também o caso de Luís de Freitas Branco, nomeadamente, na sua fase de juventude, onde se vislumbra a procura das raízes portuguesas como fonte de inspiração e de aproximação ao indivíduo, rasgo que deixaria aos seus discípulos, nomeadamente Joly Braga Santos, o grande Joly cujo centenário celebramos já em 2024. O presente programa presta homenagem a esta herança. (Jenny Silvestre)

© Foto Jorge Carmona

Natural de Évora, Anabela Malarranha licenciou-se na Academia Nacional Superior de Orquestra em 1998, tendo concluído posteriormente o Mestrado no Conservatório Real de Haia (Holanda). Venceu o 1º Prémio no Concurso da Juventude Musical Portuguesa em 1990 e 1992. Foi 1º flauta na Orquestra Metropolitana de Lisboa entre 2000 e 2005, ano a partir do qual passou a integrar a Orquestra Sinfónica Portuguesa. É atualmente 1º flauta nesta orquestra.

© Foto Jorge Velez.

Joaquim Ribeiro venceu, em 1988, o 1º Prémio Jovens Músicos, na categoria de clarinete, da história do certame, momento que marcou o início de uma carreira não só repleta de prémios, como enriquecida por um conjunto notável de apresentações na qualidade de solista, com as mais diferenciadas orquestras. Joaquim Ribeiro ocupa, desde a sua criação, o lugar de primeiro clarinete solista da Orquestra Sinfónica Portuguesa. Durante mais de duas décadas acumulou ainda funções como clarinetista da Banda Sinfónica da GNR, tendo culminado o seu percurso nessa instituição na categoria de Sargento Mor, Sub Chefe da Banda. Paralelamente, licenciou-se em clarinete na Escola Superior de Música de Lisboa e formou-se em direção de orquestra no Conservatório de Música J. Ph. Rameau de Dijon (França), sob orientação de Jean-Sébastien Béreau. Concluiu posteriormente o Mestrado no Instituto Piaget. Joaquim Ribeiro é o diretor musical da orquestra MELLEO HARMONIA.

© Foto André Rodrigues

Luís Vieira é trompa solista da Orquestra Sinfónica Portuguesa desde 2015, tendo sido convidado a integrar orquestras tão variadas como a Berliner Philharmoniker, Orchestre de la Suisse Romande, Orchestra della Svizzera Italiana, Orquesta Nacional de España, Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, entre outras.Obteve a sua Licenciatura na Escola Superior das Artes Aplicadas de Castelo Branco, com o Professor Paulo Guerreiro em 2009, continuando os seus estudos com Abel Pereira, Eric Terwilliger e Sarah Willis. Entre 2011 e 2013 estudou na Escuela Superior de Música Reina Sofía, com Radovan Vlatkovic recebendo, das mãos da Rainha Sofia de Espanha, o prémio para o melhor aluno da cátedra de Trompa.
Obteve o seu Mestrado na Zurcher Hochschule der Kunste, com o conceituado professor Radovan Vlatkovic, em 2015. Em 2011 ganhou o Prémio Jovens Músicos e em 2013 foi finalista na Città di Porcia Music Competition.

Luis Pérez nasceu em Valencia (Espanha), tendo-se licenciado no Conservatório de Música Joaquín Rodrigo, onde obteve o Prémio Especial “Fin de Carrera” em oboé. Integrou a JONDE - Joven Orchesta Nacional de España. Como profissional, colabora regularmente com a Orquestra Sinfónica de Tenerife (Espanha), a Orquestra Nacional de Espanha e a Orquestra Gulbenkian. Em 2013 venceu o concurso para solista B da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Em 2015, Luis Pérez ganhou o 1º Prémio na primeira edição do Concurso Nacional de Oboé de Espanha e o concurso para solista A da Orquestra Sinfónica Portuguesa, cargo que ainda ocupa.

Carolino Carreira iniciou os seus estudos musicais no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, tendo-se licenciado na ESART-IPCB. Concluiu uma pós-graduação no Royal Northern College of Music em Manchester (Inglaterra), como bolseiro da Fundação Gulbenkian. Carolino Carreira integrou a Orquestra Sinfónica do Teatro Nacional de São Carlos, sendo fagote solista da Orquestra Sinfónica Portuguesa desde 1993. Paralelamente, desenvolve uma atividade pedagógica, sendo professor de fagote na ESART-IPCB, Academia de Música de Santa Cecília e Conservatório Regional de Artes do Montijo.

Quando imaginamos o universo sonoro do início do séc. XX, há um nomes que sobressai: Luís de Freitas Branco (1890-1955). Falamos de um colosso criativo que, como afirma Alexandre Delgado, está para a música como Fernando Pessoa está para a poesia. Falamos de alguém que soube compreender muito bem as tendências e linguagens musicais do seu tempo, imprimindo um cunho pessoal de tal forma genial que nos leva a imaginar no que seria do seu nome se, por ventura, tivesse nascido em um outro país onde os grandes vultos fossem melhor reconhecidos. Porque celebramos o centenário da Biblioteca da Imprensa Nacional, onde o Verbo é a âncora, convidamos o espectador a juntar-se a nós numa viagem em que a voz é a protagonista. Contamos nesta viagem com a fresca sensibilidade da soprano Cecília Rodrigues e a experiência do reconhecido pianista João Paulo Santos que, juntos, nos guiarão pelo universo criativo das canções para voz e piano de Freitas Branco, de onde sobressai a procura de uma espécie de alma nacional. (Jenny Silvestre)

PROGRAMA

Contrastes (João de Vasconcelos e Sá) 1904

A formosura desta fresca serra (Camões) 1907

Trilogia “La mort” (Charles Baudelaire) 1909 1. La mort des amants 2. La mort des pauvres 3. La mort des artistes

Ciclo Maeterlinckiano (Maurice Maeterlinck) 1913 1. Désirs d’hiver 2. Heures termes 3. Feuillage du coeur

O Motivo da Planície (António Sardinha) 1915

O culto divinal se celebrava (Camões) 1916

Frivolidade (Silva Teles) 1920

A lágrima (Augusto Gil) 1922

A Lilial Virgem Maria (Eugénio de Castro) 1938

Harmonizações de Canções populares portuguesas 1943 1. Senhor da Serra 2. Cantando, José, cantando

Três Sonetos de Antero (Antero de Quental) 1937-1943 1. A Sulamita 2. Idílio 3. Sonho Oriental